quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Rodeio para brincar! Rodeio para ferir! Rodeio para brincar de ferir!


Nada mais ridículo do que RODEIO. A pratica se limita a um peão, que montado em um cavalo ou boi, tem o objetivo de permanecer o maior tempo possível em cima do animal. Porém, para que o animal pule, são utilizados instrumentos que causam grande dor física, como amarras, esporas, cangalhas, e etc. Esses instrumentos comprimem órgãos internos do animal e genitálias, que fazem o animal literalmente pular de dor, outros ferem a lateral do animal, que utiliza o trote como mecanismo de fuga. Além disso, no rodeio, existem outras atividades que causam grande dor, estresse e medo nos animais, como a prova do laço, onde outro animal é solto na arena o peão deve derrubá-lo com as mãos. Ao final da prova, constatam-se animais com coluna, perna e membros quebrados, muitas vezes com fraturas expostas. Isso é um claro desrespeito às normas constitucionais e infraconstitucionais existentes no país e que vedam expressamente maus tratos aos animais.


Infelizmente, apesar de existir no ordenamento jurídico brasileiro normas bastante evoluídas com relação a proteção dos animais, lamentavelmente ainda verificamos espetáculos como rodeio bastante presente, visto que nossa legislação é eminentemente antropocêntrica, e coloca os interesses econômicos e recreativos a frente da necessidade de sobrevivência e dignidade dos animais.

A justificativa daqueles que ainda defendem o rodeio, é que trata-se de um esporte e faz parte da cultura brasileira. Porém, digo que não pode ser considerado um esporte, pois nos esportes há dois lados, que participam voluntariamente das partidas, e isso não acontece nos rodeios, onde o único voluntário é o peão, e o animal é submetido a estresse e dor física e psicológica intensa, não havendo que se falar em esporte. Também não é cultura, porque não temos essa cultura de violência para com os animais, muito pelo contrário, a sociedade tem se manifestado contra esse tipo de prática.

Não se pode mais admitir praticas com conteúdo tão agressivo e dizer que faz parte de nossa cultura. Rodeio é uma pratica moralmente reprovável, quando o que se busca nos dias de hoje é um equilíbrio entre o homem e a natureza, devendo ser também uma pratica juridicamente reprovável. Se somos contra rinhas de galo, de pássaros e de cães, se mais recentemente o STF se manifestou contra a farra do boi, porque ainda aceitamos praticas como rodeio?

Em minha opinião a justificativa mais ridícula utilizada pelos defensores do rodeio, é a de que é um entretenimento e os seres humanos tem o direito ao lazer. Em fim, nada mais deprimente do que defender o rodeio para brincar, rodeio para ferir, rodeio para brincar de ferir. Provocar o sofrimento, medo, dor física e psicológica em animais pelo simples prazer de vê-los tombar, sofrer e até morrer. Ligeiramente é a pior justificativa, a mais fútil de todas! Desde quando, a necessidade de se divertir atormentado um animal deve se sobrepor ao direito do animal de não ser submetido a crueldade, estresse ou morte?

A ideologia machista do rodeio, afirma que é uma atividade perigosa e que somente “homens de verdade” e “machos de verdade”, podem praticar o rodeio. Digo que homem de verdade não é covarde, não submete os mais fracos a dor e não negam o direito de defesa a ninguém. Também não se vangloriam com o sofrimento alheio. Somente covardes podem mau tratar animais, e posso dizer sem medo, que é dessa mesma covardia que os se aproveitam de crianças e pessoas idosas se utilizam.