sexta-feira, 24 de outubro de 2014

Curso de Educação Humanitária, Abertas inscrições na Bahia

Você sabe o que é Educação Humanitária? Seus objetivos e sua relevância para a formação de crianças, jovens e adultos?
 
A Educação Humanitária é um modelo de educação bem ampla, voltada para a não violência para com todos os seres, seja ele humano, animal ou vegetal. Tem como objetivo o despertar da consciência humana para observar seus atos, consumo e consequências de suas ações no planeta. A educação humanitária trás reflexões muito importantes a respeito de um modo de vida mais saudável e pacífico, um estilo de vida mais ecológico, que tenha o respeito pela vida como um princípio a ser seguido e repassado. É um modelo de educação muito inovador e transformador, pois contempla todas as faixas etárias, observando a realidade de vida de cada aluno e o que ele pode transformar no seu dia-a-dia para construir um mundo melhor. Ela contempla tanto a educação ambiental, como a educação em valores humanos em seus objetivos, pois tem seu foco na harmonia e contemplação da natureza em suas diversas formas de vida. 

Quando?

A formação em educação humanitária ocorrerá nos dias 15 e 16 de novembro, formando-se turmas distintas nestes dias. Serão fechadas primeiramente as vagas do dia 15 e serão abertas vagas pro dia 16. De 8 da manhã às 18h. 

Onde?

O curso de educação humanitária, ocorrerá em Camaçari-Ba, no Sítio Mundo Verde, 200 mil metros quadrados de área verde, dentre lagoas, dunas, horta, área de lazer e área de bosque, há aproximadamente 15 minutos do aeroporto de Salvador-Ba.

Valor:

O investimento do Curso é R$80,00 (oitenta reais).

 

Obs: A reserva deve ser confirmada com pagamento até 2 dias antes do curso

Inscrições Abertas:

Envie um email para despertando.valores@gmail.com  com NOME COMPLETO, TELEFFONE, DIA DO CURSO (15 ou 16 de novembro) e após a confirmação da reserva de vaga você poderá realizar o depósito do valor do curso em:

DEPÓSITO - Banco do Brasil
Cc 2922-X
Agencia 5695-2 
Francisco Athayde

Certificado e Carga Horária: 

 Os participantes receberão um certificado com carga horária de 8 h em formação em educação humanitária.
 

Alimentação Vegetariana:


Será servido nos dias de curso refeições 100% vegetariana (vegana), ou seja, sem nada de origem animal, sendo portanto lanche da manhã, almoço e lanche da tarde

Contatos:

Telefone: (71) 8823-3050 - Oi ; (71) 9332-4640 - Tim

Alguns temas, oficinas e abordagens do Curso de Educação Humanitária: 

*Direitos Humanos;
*Direitos Animais;
*Veganismo;
*Vegetarianismo;
*Vida simples;
*Consumo consciente;
*Permacultura biocêntrica;
 

Além das palestras, rodas de conversa, exibição de documentários, também serão realizadas as seguintes atividades praticas:

  • Mini Oficina de permacultura – horta horizontal e vertical (Garrafa pet e tubo pvc em cavalete e parede. ) e compostagem: semeadura na terra e em sementeira.
  • Oficina sobre o lixo: Separação do material reciclado, coleta seletiva e reciclagem.
  • Reaproveitamento de paletes (cama, mesa, etc) e pneus (vaso, pufe).
  • Oficina de alimentação vegetariana: Proteínas vegetais (soja, grão de bico, lentilha) e leites vegetais (amendoim, soja, gergelim, semente de abobora e aveia) e suco verde.
  • Oficina de Permacultura: Bioconstrução (Desidratador e tintas ecológicas).
  • Caminhada ecológica com atividade pratica educativa sobre agroflorestal.
 
Esse curso foi elaborado para despertar nos participantes o respeito, a ética e a compaixão de forma ampla, para com os humanos, animais e a natureza. Trazer um aprofundamento sobre a não-violência de forma prática, para que possamos refletir sobre nosso papel na transformação mundial, em busca de um ser humano mais justo, ético e pacífico. Um curso direcionado para aqueles que querem um mundo melhor através do seu exemplo. Iremos abordar a realidade dos animais e humanos pelo caminho da não-violência e pelo fim da sua exploração e sofrimento, analisando assim, a nossa relação com a natureza e com o mundo social. O foco maior do curso é no participante, nas mudanças que ele pode aplicar na sua vida pessoal. Por isso, é muito importante estar aberto ao novo, para novos conhecimentos e valores humanitários. 
 
Curso de Educação Humanitária, Camaçari-Ba. Nos dias 15 e 16 de novembro de 2014

segunda-feira, 18 de março de 2013

CURSO DE SISTEMAS AGROFLORESTAIS NA AMAZÔNIA

Um curso de agrofloresta com enfoque agroecológico no bioma amazônico que propocionará um conhecimento mais denso dos mecanismos que regem e auto regulam as florestas tropicais. Entender a importância da mata para o presente e o futuro de nossa vida e, principalmente, aprender a praticar um modo de vida genuinamente amazônico.


1º parte teórica: dias 19 e 26/03 (primeiro dia já é amanhã)19 às 21 h na Trav. Angusturanº 1826, Vila Maria Gorete, casa 12, entre Marques e pedro miranda.

2º parte prática: dia 07/04, das 8 às 12 h, Na E...covila Iandê.

Com cartilha inclusa

Facilitador: Lisandro Beremberg (Argenino, que viveu e trabalhou anos na Amazônia com comunidades agroflorestais e indígenas do Acre)

VALOR: R$ 80,00
Limite de 20 vagas
Inscrições, reservas e informações: 8888-9247 e 8012-9247

Realização: Morada Cabana


sexta-feira, 1 de março de 2013

CARTA EM SOLIDARIEDADE A TENDA DE UMBANDA LUZ DO ORIENTE


De antemão, este texto se trata de um tema bastante polêmico: O Direito de culto religioso e o direito dos animais à vida.


Contudo, tem-se aqui um objetivo mais especifico: o de prestar solidariedade à Tenda de Umbanda Luz Do Oriente, localizada nas proximidades de Belém-PA, que por um motivo muito óbvio, vem sofrendo diversos ataques de INTOLERÂNCIA e PERSEGUIÇÃO religiosa, sendo vitima de calúnia, difamação e injúria, bem como ataques diretos à dirigente da casa.

A razão dessa INTOLERÂNCIA? A defesa dos DIREITOS ANIMAIS em sua integralidade, inclusive oportunizando aos médiuns da casa o acesso a um debate profundo sobre as possibilidades de adoção do veganismo, por acreditar ser a postura mais ética diante da vida, promovendo resgate de animais abandonados e realizando seminários de direito animal, bem como, procurando manter a sua postura enfática no sentido de claramente se opor a praticas de imolação e sacrifício animal.

Por assumir uma postura honesta diante de sua comunidade acerca daquilo que acredita ser o mais justo e adequado aos seus preceitos espirituais, a TENDA LUZ DO ORIENTE, está sendo duramente difamada e agredida, e isso sim é intolerância e perseguição religiosa, por parte de algumas pessoas que teoricamente ‘trabalhariam’ contra a intolerância religiosa.

Uma casa de Umbanda não pode defender os animais? Não pode acreditar que os animais têm os mesmo direitos que nós? Ou não pode realizar oficinas de alimentação vegetariana em suas dependências? Não pode se opor a práticas que atentem contra a vida e sofrimento dos animais? Não pode?


DO DIREITO DE DEFENDER OS DIREITOS ANIMAIS:

Elenca a Constituição Federal de 1988 em seu Art. 5º, IV e VIII:

IV - é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato;
A Casa de Umbanda, Luz do Oriente, por manter uma postura de defesa dos direitos animais, vem sendo vitima de deboches, mentiras e ameaças de processos que nunca ocorrerão, pois são fundados em fatos que não ensejam processos ou fatos caluniosos, difamação e injuria. Recomendamos a leitura autoexplicativa deste artigo da CFB-88.

VIII - ninguém será privado de direitos por motivo de crença religiosa ou de convicção filosófica ou política (...);
A livre manifestação de pensamento é um direito constitucionalmente garantido. A tenda de Umbanda Luz do Oriente tem direito de manifestar seus fundamentos e preceitos de acordo com o que entende ser a UMBANDA, independentemente do que outras Casas, também assim denominadas, costumam praticar. Se chegamos ao ponto em que uma instituição como a Luz do Oriente é agredida ou ameaçada simplesmente por defender e dizer o que entende ser sua própria instituição, então trata-se de perseguição e intolerância religiosa, ai sim, passível de processo.

Ressalte-se que todas as acusações, ameaças e perseguições contra a Luz do Oriente, surgiram a partir do instante em que a Tenda resolveu falar sobre direitos animais e se manifestar publicamente contra a imolação de animais. Sua atitude, qual seja, defender os animais, não é e nem nunca será errada, e muito menos, criminosa, intolerante ou discriminatória contra as outras religiões que mantém tais praticas.

Ameaçar, tolir, impedir, direcionar falsas acusações à uma Casa como a Luz do Oriente é de extrema irresponsabilidade e má-fé, principalmente porque a principal motivação dos maledicentes é a postura da Casa diante dos animais.

Divulgação do Seminário de Direitos Animais e alimentação vegeariana, realizado na Tenda
Na Tenda de Umbanda Luz do Oriente, defende-se como princípios: (1) O não sacrifício de animais; (2) A não cobrança dos serviços e sim o exercício da caridade.

Esses mesmos valores são defendidos por diversas Casas de Umbanda em todo o Brasil. Uma pesquisa simples na Wikipédia com a palavra “Umbanda”, nos trás uma definição bem próxima do que é defendido na Tenda. Tal defesa é feita da mesma forma que dezenas de outras casas Brasil afora fazem, tendo como fundamentos norteadores, sempre, os princípios transcritos abaixo, os quais foram retirados da Wikipédia, restando claro que a UMBANDA defendida na Luz do Oriente não tem nada a esconder:

1.O compromisso com "a manifestação do espírito para a caridade. O que significa que a ajuda ao próximo não ser cobrada em dinheiro ou valor de qualquer espécie.
2.Serviço social constante nos centros.
3.Magia branca. (*Deixando claro que não se trata de oposição de raças: raça branca e raça negra, e sim a uma referência de composição de cores, já que a cor branca é a soma e a síntese de todas as cores, enquanto a cor preta é a ausência de luz)
4.O não sacrifício de animais.

Disponível: http://pt.wikipedia.org/wiki/Umbanda#Cod.C3.B3_-_A_Capital_da_Feiti.C3.A7aria

Enfim, a conduta leviana por parte de algumas pessoas não pode prosperar, pois ninguém tem o direito de impedir que uma instituição religiosa como a Tenda de Umbanda Luz do Oriente, assim como tantas outras casas de Umbanda, expresse sua fé, suas convicções filosóficas e, porque não, suas opiniões sobre animais, meio ambiente e etc. Isso também é diversidade religiosa e temos que respeitar, principalmente porque a Tenda, para manter suas praticas religiosas, não precisa recorrer à matança ou exploração de animais e, muito menos, precisa violar qualquer lei deste país, como o fazem muitas Casas quando realizam imolação de animais (Art. 225, §1º, VII da CF e Art. 32 da ei 9.605/05).

DOS DIREITOS DOS ANIMAIS DE NÃO SEREM SACRIFICADOS EM RITUAL RELIGIOSO, EM FRIGORIFICOS, EM LABORATÓRIOS, EM RINHAS E ETC.

Notadamente, estamos vivenciando em nosso planeta uma segunda idade média, onde os valores andam totalmente invertidos. Hoje é possível ver-se alguém com a faca ensanguentada na mão, reclamando o seu direito de continuar esfaqueando. Vislumbramos o famoso “direito do agressor”: o direito que o agressor tem de agredir! E eu me pergunto: Quando vamos falar do direito das vítimas? Quando vamos falar do direito daquela mulher vitima de estupro, mas que no fim das contas acaba sendo culpada socialmente, pois estava usando um short curto? E o travesti espancado por ter a “ousadia” de aparecer? Quando vamos falar dos direitos dos animais? Daí, surge uma dúvida: devemos ser tolerantes diante da intolerância e da crueldade?

Todos os indivíduos citados são vitimas, e o DIREITO deve ser olhado sob a ótica deles e não sob a ótica de quem agride. Na ótica do machista, do racista, do homofóbico e do especista, as suas vitimas serão sempre coisas, objetos e suas vidas não representam nada diante dos seus desejos e crenças. Temos que transcender as aparências e olhar verdadeiramente nos olhos das vitimas. E pelo que pude perceber, através de um contato direto com a Tenda de Umbanda Luz do Oriente, naquele lugar estão fazendo justamente isso: olhando nos olhos das vitimas, transcendendo as aparências e focando no que há de mais importante: a Vida!

As pessoas tem todo direito de “PENSAR” e “FALAR” o que quiserem sobre qualquer assunto. Podem inclusive ser a favor de assassinato, violência, estupros e crueldade contra animais. Contudo, “FAZER” e agir de acordo com esse entendimento é a mais pura TIRANIA DO MAIS FORTE, é INTOLERÂNCIA e é ABUSO DE PODER. E pior, há aqueles mais “intolerantes” ainda, aqueles que, além de impor sua força, “fazendo” e “praticando”, ainda impõe a proibição de discutir sobre o assunto, impõe o silêncio daqueles que discordam de sua postura. Não aceitam criticas, sob o argumento de que a emissão de “opinião” contrária à deles é uma “imposição” ao direito que eles têm (direito de comer carne e outros produtos de origem animal, direito de sacrificar animais, direito de usar animais para entretenimento, etc.), ou seja, o direito de agredir. E novamente voltamos à falácia da “ofensa aos direitos do agressor”.

Em nossa sociedade, já abolimos diversas tradições cruéis e de exploração contra mulheres, negros, caboclos, índios, homossexuais e etc. Mas ainda nos resta avançar em direção à inclusão dos animais na esfera de proteção moral, pois a mesma motivação que ensejou a proteção e a dignificação dos grupos supracitados, foi justamente a capacidade desses indivíduos de sentir e sofrer, ou seja, sua senciência. Essa capacidade, de sentir e sofrer, também é absoluta em cada poro, guelra, escama, cartilagem embaixo do couro, pele, penas e nervos dos animais. Essa DOR não é exclusividade da espécie humana e sim de todos aqueles que pertencem ao reino animal. Dessa forma, cabe a nós, descermos do conveniente e cômodo pedestal que a filosofia antropocêntrica nos colocou e partir rumo à inclusão dos animais, naquilo que chamamos de direitos.

Deixo o entendimento de que a ÉTICA somente é chamada de ética, por ser RACIONAL, INCLUSIVA, UNIVERSAL, GERAL E INDISTINTA. Não existe “ética” apenas para alguns poucos, ela surge em socorro dos oprimidos, injustiçados, minorias, maltratados e daqueles que não podem se defender sozinhos. Quando essa suposta ética se aplica apenas para um segmento, isso não é ética e sim OPRESSÃO, LEI DO MAIS FORTE E IMPOSIÇÃO DO PODER.

E é isso que acontece contra os animais. O ser humano exclui os demais animais da esfera de proteção e se aproveita disso para se beneficiar de todo modo da carne, dos subprodutos de origem animal, do trabalho, do couro, das penas, da companhia dos animais, e etc. Essa relação doentia com os animais é sempre regada a muito sofrimento. Para manter a submissão dos animais nós, humanos, nos cercamos de diferentes dogmas que "justificam" o uso desses animais, como por exemplo - "Eles são inferiores", "Eles não sentem como nós", "Essa é a lei do mais forte", "Deus fez os animais para nos servirem", "Se o leão pode, eu também posso" ou "Os animais não tem alma", e etc. E amparado nesses dogmas, o humano usa e abusa de seu pretenso poder sobre os animais. O próprio ser humano julga a inferioridade dos animais e ele mesmo toma pra si o direito sobre a vida animal, agindo como os antigos senhores de escravos agiam com seus escravos. Dispondo sobre suas vidas e determinando o momento de sua morte, de maneira absoluta, como se os animais não tivessem propósitos próprios nesse planeta.


DO TOTAL RESPEITO ÀS RELIGIÕES DE MATRIZ AFRICANA

Com profundo respeito devocional aos nossos antepassados negros, índios e caboclos, dizemos com firmeza de espirito e consciência tranquila, que respeitamos a liberdade de culto e de fé, porém nada pode justificar a retirada da vida, a tortura e o suplicio dos animais.

Acreditamos que somos, sim, descendentes de povos e religiões que sacrificaram animais, mas que temos o direito de mudar de opinião, da mesma forma como esses mesmos antepassados também mudaram em algum momento, abrindo caminhos para várias outras conquistas na nossa sociedade atual. Acreditamos que temos a capacidade de superar nossa própria cultura e tradição em beneficio do coletivo e da benevolência aos nossos irmãos animais, pois em outros lugares, as mesmas religiões são praticadas sem que animais sejam mortos.

Acreditamos que não somos superiores a ninguém em nossa crença, mas também não somos inferiores, da mesma forma que os animais não são superiores e nem inferiores a nós, humanos.

Acreditamos que não basta superar o sacrifício de animais em rituais religiosos, temos que superar e perceber que a utilização de animais para outros fins (alimento, lazer, prazer, vestimenta, pesquisa, etc) também é “sacrifício”.

Nesse sentido, a Tenda de Umbanda Luz do Oriente, como uma religião heterodoxa brasileira, tem total admiração e apoio da causa pelos direitos animais para continuar seus trabalhos de conscientização acerca da vida animal junto a sua comunidade. E que sua Luz chegue a outras Casas, fazendo nascer a esperança para nossos irmãos animais, tão massacrados, torturados e renegados na sua própria condição de seres que sofrem.

Que esta tão corajosa Tenda, continue tendo força e ânimo para trabalhar por todos que sofrem, que precisam de um alento, que precisam de defesa e justiça, e por aqueles que imploram por misericórdia. Por humanos e não humanos (animais), que sua Fé lhe guie em direção à Luz, e que essa Luz possa também chegar aos animais.

Por Karla Ataide, Ativista pelos Direitos Animais e Meio Ambiente.



quinta-feira, 8 de março de 2012

Carta de Rosa Luxemburgo

Carta de Rosa Luxemburgo, uma incansável guerreira de direitos, que escreveu em 1917, enquanto era prisioneira na Polônia.

Sempre me emociono com esse texto. Infelizmente a guerra que Rosa retrata esta longe de acabar, mesmo sendo teoricamente dada por finalizada! Meu espanto é que mesmo sendo uma mulher nascida em uma época dificil e mesmo tendo sido maltratada pela história, ainda é CAPAZ de se comover e lutar pela vida, com esperança e legitimidade de quem sofre as mesmas dores e pesares daqueles que defende!


Vou torcer para que estas palavras cheguem em vocês com a mesma força que chegou em mim!



Breslau, Polônia, antes de 24 de dezembro de 1917.

"Ah! Sonitchka, passei aqui por uma dor violenta. No pátio onde passeio chegam muitas vezes carroças do exército, abarrotadas de sacos ou túnicas velhas e camisas de soldados, muitas vezes manchadas de sangue...; são descarregadas, distribuídas pelas celas, consertadas, novamente postas nas carroças para serem entregues ao exército.

Outro dia, chegou uma dessas carroças, puxada não por cavalos, mas por búfalos. Era a primeira vez que via esses animais de perto. São mais fortes e maiores que os nossos bois, têm a cabeça chata, chifres curvos e baixos, e uma cabeça totalmente negra, de grandes olhos meigos, que lembra a dos nossos carneiros. Vêm da Romênia, são um troféu de guerra... os soldados que conduziam a carroça diziam ser muito difícil capturar esses animais selvagens, e ainda mais difícil utilizá-los para carregar fardos, pois estavam acostumados à liberdade.

Foram terrivelmente maltratados até compreenderem que perderam a guerra e que também para eles vale a expressão “vae victis” [ai dos vencidos]... Só em Breslau deve haver uma centena desses animais; acostumados que estavam às ricas pastagens da Romênia recebem ali uma ração parca, miserável. Trabalham sem descanso puxando todo tipo de carga e com isso não demoram a morrer.

Há alguns dias então uma dessas carroças cheia de sacos entrou no pátio. A carga era tão alta que os búfalos não conseguiam transpor a soleira do portão. O soldado que os acompanhava, um tipo brutal, pôs-se a bater-lhes de tal maneira com o grosso cabo do chicote que a vigia da prisão, indignada, perguntou-lhe se não tinha pena dos animais. “Ninguém tem pena de nós, homens”, respondeu com um sorriso mau e pôs-se a bater ainda com mais força... Os animais deram finalmente um puxão e conseguiram transpor o obstáculo, mas um deles sangrava...

Sonitchka, a pele do búfalo é proverbialmente espessa e resistente, e ela foi dilacerada. Durante o descarregamento, os animais permaneciam imóveis, esgotados, e um deles, o que sangrava, olhava em frente e tinha, na cara escura e nos olhos negros e meigos, uma expressão de uma criança em prantos. Era exatamente a expressão de uma criança que foi severamente punida e que não sabe por qual motivo, por que, não sabe como escapar ao sofrimento e a essa força brutal...

Eu estava diante dele, o animal me olhava, as lágrimas saltaram-me dos olhos – eram as suas lágrimas. Ninguém pode sofrer mais por um irmão querido do que eu sofri na minha impotência com essa dor silenciosa. Como estavam longe, perdidas, inacessíveis, as pastagens da Romênia, essas pastagens verdes suculentas e livres! Como tudo lá era diferente, o brilho do Sol, o sopro do vento, como eram diferentes os belos cantos dos pássaros ou o melodioso chamado do pastor.

E aqui – esta cidade estrangeira, horrível, o estábulo sombrio, o feno mofado, repugnante, misturado com a palha apodrecida, os homens desconhecidos, assustadores, e – as pancadas, o sangue que corre da ferida aberta... Oh! meu pobre búfalo, meu pobre irmão querido, aqui estamos os dois tão impotentes e mudos, mas somos só um na dor, na impotência, na saudade.

Entretanto os prisioneiros agitavam-se em volta do carro, descarregavam os pesados sacos e arrastavam-nos para dentro; já o soldado enfiara as mãos nos bolsos das calças e percorrendo o pátio com grandes passos, ria e assobiava baixinho uma canção da moda.

Diante de mim a guerra desfilava em todo o seu esplendor.

Escreva logo.

Abraços, Sonitchka,

Sua R

Sonitchka, querida, fique calma e alegre apesar de tudo. Assim é a vida. É preciso tomá-la corajosamente, sem medo, sorrindo – apesar de tudo. Feliz Natal!"













quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Rodeio para brincar! Rodeio para ferir! Rodeio para brincar de ferir!


Nada mais ridículo do que RODEIO. A pratica se limita a um peão, que montado em um cavalo ou boi, tem o objetivo de permanecer o maior tempo possível em cima do animal. Porém, para que o animal pule, são utilizados instrumentos que causam grande dor física, como amarras, esporas, cangalhas, e etc. Esses instrumentos comprimem órgãos internos do animal e genitálias, que fazem o animal literalmente pular de dor, outros ferem a lateral do animal, que utiliza o trote como mecanismo de fuga. Além disso, no rodeio, existem outras atividades que causam grande dor, estresse e medo nos animais, como a prova do laço, onde outro animal é solto na arena o peão deve derrubá-lo com as mãos. Ao final da prova, constatam-se animais com coluna, perna e membros quebrados, muitas vezes com fraturas expostas. Isso é um claro desrespeito às normas constitucionais e infraconstitucionais existentes no país e que vedam expressamente maus tratos aos animais.


Infelizmente, apesar de existir no ordenamento jurídico brasileiro normas bastante evoluídas com relação a proteção dos animais, lamentavelmente ainda verificamos espetáculos como rodeio bastante presente, visto que nossa legislação é eminentemente antropocêntrica, e coloca os interesses econômicos e recreativos a frente da necessidade de sobrevivência e dignidade dos animais.

A justificativa daqueles que ainda defendem o rodeio, é que trata-se de um esporte e faz parte da cultura brasileira. Porém, digo que não pode ser considerado um esporte, pois nos esportes há dois lados, que participam voluntariamente das partidas, e isso não acontece nos rodeios, onde o único voluntário é o peão, e o animal é submetido a estresse e dor física e psicológica intensa, não havendo que se falar em esporte. Também não é cultura, porque não temos essa cultura de violência para com os animais, muito pelo contrário, a sociedade tem se manifestado contra esse tipo de prática.

Não se pode mais admitir praticas com conteúdo tão agressivo e dizer que faz parte de nossa cultura. Rodeio é uma pratica moralmente reprovável, quando o que se busca nos dias de hoje é um equilíbrio entre o homem e a natureza, devendo ser também uma pratica juridicamente reprovável. Se somos contra rinhas de galo, de pássaros e de cães, se mais recentemente o STF se manifestou contra a farra do boi, porque ainda aceitamos praticas como rodeio?

Em minha opinião a justificativa mais ridícula utilizada pelos defensores do rodeio, é a de que é um entretenimento e os seres humanos tem o direito ao lazer. Em fim, nada mais deprimente do que defender o rodeio para brincar, rodeio para ferir, rodeio para brincar de ferir. Provocar o sofrimento, medo, dor física e psicológica em animais pelo simples prazer de vê-los tombar, sofrer e até morrer. Ligeiramente é a pior justificativa, a mais fútil de todas! Desde quando, a necessidade de se divertir atormentado um animal deve se sobrepor ao direito do animal de não ser submetido a crueldade, estresse ou morte?

A ideologia machista do rodeio, afirma que é uma atividade perigosa e que somente “homens de verdade” e “machos de verdade”, podem praticar o rodeio. Digo que homem de verdade não é covarde, não submete os mais fracos a dor e não negam o direito de defesa a ninguém. Também não se vangloriam com o sofrimento alheio. Somente covardes podem mau tratar animais, e posso dizer sem medo, que é dessa mesma covardia que os se aproveitam de crianças e pessoas idosas se utilizam.

sexta-feira, 10 de junho de 2011

CÃO de grande porte encontrado perdido na Almirante Barroso


PROCURO TUTOR DESTE ANIMAL URGENTE

ANIMAL de aproximadamente 80 kg, docil e precisa encontrar um lar. Foi encontrado hoje (10 de abril) por volta de 11 horas da manhã vagando na almirante barroso, no conjunto residêncial Amapá, rua B.


Se o tutor deste animal não for encontrado , será disponibilizado para adoção.

Contato: 8219-1032

quarta-feira, 23 de março de 2011

ATO CONTRA O COMÉRCIO DE ANIMAIS NA PRAÇA DA REPÚBLICA

ASSINE O ABAIXO ASSINADO ONLINE CONTRA O COMÉRCIO DE ANIMAIS



Obs: Entre em contato para ser voluntário durante a manifestação

  •  Lei Municipal nº 8.413/05, art. 8º proíbe "a venda de animais em feiras de artesanato, ruas, praças ou feiras livres";
  • Lei Federal nº 9.605/05, Art. 32. Praticar ato de abuso, maus-tratos, ferir ou mutilar animais silvestres, domésticos ou domesticados, nativos ou exóticos: Pena - detenção, de três meses a um ano, e multa.